Passagem subterrânea da BR 174, vira "espaço cultural".
A falta de planejamento com o uso do dinheiro público, gera o desperdício de milhões de reais em obras desnecessárias e inúteis. Isso foi o que ocorreu com a construção da galeria/passagem subterrânea da BR 174, no perímetro urbano de Presidente Figueiredo. O que seria para dar segurança aos moradores da cidade, ao cruzarem de um lado a outro da BR, acabou por se transformar num local de marginalidade e risco aos usuários, tendo sido necessário a interdição e isolamento da passagem, com a construção de paredes vedando o acesso.
Diante de tal situação e visando um melhor aproveitamento do local, em benefício dos munícipes, o Sr. Antonio Amador de Oliveira que se auto proclama um interventor cultural no município que reside à cerca de quatro anos, solicitou junto ao DNIT, a utilização do espaço para implantar atividades culturais e artísticas no local, apresentando ao órgão competente um abaixo assinado com a assinatura de 312 moradores.
A primeira providência do Sr. Amador ao ter seu pleito atendido, foi fazer a higienização do local, contando para isso, com a participação de diversos moradores em regime de mutirão. Durante esse trabalho, foi constatado a presença de uma arma o que confirma o fato de que esse local era utilizado por marginais.
Atualmente a "Galeria Cultural José Amador", nome dado por seu idealizador e que parte da ideia de transforma elefante branco num espaço cultural, oferece oficinas de capoeira, teatro, filosofia alternativa e Djs, além claro, de uma biblioteca com livros doados pela comunidade e que diariamente estão ao dispor dos alunos do município.
O grande questionamento sobre o uso do local e que é motivo de críticas por parte de alguns moradores, é que, embora o local esteja totalmente higienizado e sendo utilizado com a finalidade para o qual foi construído, que é a travessia com segurança dos pedestres, a aparência do espaço com a utilização de móveis reciclados, dá um aspecto muito negativo ao local sendo considerado por muitos, um "túnel favelizado" na entrada da cidade tornando o visual desagradável.
Da mesma forma se questiona as pinturas nas paredes internas e externas da galeria, sendo taxados por muitos como pixações e que na opinião do Sr. Amador, são artes no estilo grafite.
Analisando os prós e contras do uso do espaço, vale enaltecer o esforço e dedicação do administrador do local, no sentido de manter a ordem, limpeza , manutenção e segurança da área a todos que a utilizam. por outro lado, fica evidenciado a necessidade de se oferecer ao projeto, um outro espaço adequado e que possa atender os anseios de quem participa das atividades oferecidas.
Como ideia e iniciativa, o projeto de seu Amador merece ser enaltecido. Como estrutura física e visual, deixa muito a desejar. Mas talvez aqui nesse caso, a iniciativa por si só, já justifique o benefício trazido ao local nesses oito meses de funcionamento.
Passagem subterrânea da BR 174, vira "espaço cultural".
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