JORNAL EM TEMPO MENTE SOBRE JUIZ.

Desembargador Flavio Pascarelli posta nota em sua página social, desmentindo matéria publicada pelo Jornal EM TEMPO, sobre afastamento do juiz Luiz Carlos Valois.

Pascarelli Flavio

Dessa vez foi demais. Nunca uma manchete jornalística passou uma informação tão falsa. Por isso, reproduzo o texto do presidente da Amazon, juiz Cassio Borges, que representa a indignação de toda a magistratura amazonense:

"O limite entre o direito de informar e o achincalhe irresponsável de pessoas:

O Juiz Luís Carlos Valois foi vítima de um factoide de setores da imprensa amazonense, durante toda semana que termina hoje.

O factoide era tão evidente que alguns órgãos da imprensa sequer repercutiram a matéria, porque não se tratava de assunto factível.
O presidente em exercício do Tribunal de Justiça do Amazonas autorizou o afastamento do juiz, a pedido do próprio juiz, para conclusão da tese de seu doutorado na USP. Tal afastamento foi deferido antes da série de matérias que tentava desqualificar o colega. Tanto que Valois já está licenciado há algum tempo. 

A portaria faz menção a finalidade do afastamento e ao fato de que foi deferida a pedido do juiz. Entretanto, com
Intuito de DESINFORMAR a sociedade, o Jornal Em Tempo divulga em manchete principal o fato como se tivesse havido um afastamento disciplinar do juiz.
Não é possível que o autor da matéria seja tão despreparado a esse ponto. Não é crível que o editor dele e o editor-geral do jornal também tenham laborado em equivoco, simplesmente.

Dai, outra não pode ser a conclusão: houve MÁ-FÉ na produção desta matéria, pois, sob o manto do direito de informar, se maculou a imagem de uma pessoa.
Não estou aqui a atacar a liberdade de expressão, mesmo por que sou um de seus maiores defensores, inclusive com artigo cientifico publicado nesse sentido. O que faço neste momento é, no cumprimento do meu dever de presidente da Associação dos Magistrados do Amazonas, vir a público afirmar que esta matéria é MENTIROSA.
Os autores da reportagem certamente sabem que mentiram, pois do contrário somos obrigados a admitir que existem repórteres tão despreparados, ao ponto de não saberem interpretar uma portaria de uma lauda.
Ao colega, juiz Luis Carlos Valois, além da minha solidariedade, coloco a sua disposição o corpo jurídico da Amazon para as providências jurídicas pertinentes".