Marina do Davi, na Ponta Negra, está ‘afogada’ no lixo

Único porto público que é ponto de acesso às praias da Lua e Tupé, e para outras comunidades, está um “caos” devido ao lixo exposto após a descida das águas do rio

Manaus, 29 de Outubro de 2015

ISABELLE VALOIS

Água desceu e deixou evidente todo tipo de lixo, de pneus a garrafas PET (Márcio Silva)

A vazante do rio Negro continua. Ontem, após descer 3 centímetros, o rio atingiu a cota de 15,92 metros. Só neste mês, as águas desceram 7,26 metros.

Assim como em vários pontos de Manaus, a Marina do David, Zona Oeste, também sofre com os reflexos da vazante. Além das margens estarem rodeada de lama, há muito lixo em todo o entorno, que se amontoam entre canoas e embarcações encalhadas.

Por essa área, todos os dias passam centenas de pessoas, que se deslocam para mais de 30 comunidades rurais. Para o aquaviário Rubens Santos, 53, o principal problema é o excesso de lama, além da poluição no local. “Somos obrigados a conviver com o lixo. Ele não desceu com a água, ficou parado no meio da lama, acumula doenças e serve de alimento para ratos e baratas. Necessitamos de uma limpeza em nossa marina. Fica feio para os turistas, espero que algo seja feito”, disse.

A prefeitura constatou a dificuldade de acesso às embarcações e anunciou que a Devesa Civil do Município irá construir uma passarela  para facilitar o deslocamento até as embarcações. A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) informou que, até o final desta semana, deve fazer a recomposição de 100 metros de uma pista existente no local.

Ontem, o rio Negro esteve 2,29 metros acima da vazante histórica, quando atingiu a cota mínima de 13,63 metros, no dia 24 de outubro de 2010. No dia 28 de outubro do ano passado, o rio atingia a cota de 19,90 metros e, no mesmo dia do ano da vazante histórica, batia a cota de 13,74 e já estava no início da cheia.

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